Silenciosa Saudade
Vejo-me perdido em triste desengano
Dobrando esquinas perigosas
Vendo ir mais um ano
Caminhando por estradas sinuosas
Tempo, lembro-me, já foste meu amigo
Hoje, porém, percebo teu esquecimento
Tempo, que outrora livrou-me do perigo
Se nega a ouvir meu triste lamento
Não culpo-te, contudo, pela minha tristeza
O destino, às vezes nos acomete arrasador
Somos dominados por enorme incerteza
E através dos anos, convivemos com a dor
Silenciosa saudade, triste desalento
Vivo agora dominado por esse mal
Silenciosa saudade desola em algum momento
Todo e qualquer mortal
Henrique Fonseca, 20/08/12
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