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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A caminhada infinita


E de repente, em vida, infernos
Nas entranhas de cada um, a frágil vida humana
Desde tempos longínquos não fomos eternos
Ser corpo imperfeito em mente profana

E choram os fortes em coração
Sem perder a consciência do viver difícil
Aos que pensam que tem a vida em mãos
Espero que saibam, sempre há fim após o início

Fim da consciência, para alguns, estarrecedor
Para mim, uma etapa de nossa viagem infinita
Nela os opostos, o prazer e a dor
E tudo o mais que a mente suscita

Bem sabes, é muito velho todo o Universo
Desde o início até teu despertar muito tempo se passou
E antes de nascer, na escuridão estavas imerso
Até que a difícil luta começou

Mas por que o medo do desconhecido?
Se antes de nascer, nosso tudo era nada
O Hoje deveria ser o estágio temido
E não o medo ingênuo de retornar a uma escuridão já experimentada
Já que a vida é a parte estranha
Da infinita caminhada

Henrique Fonseca, 06/12/2012