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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Deixa eu te contar uma coisa

Contar a vida como ela é, ser realista
E em algum momento nasce o desejo de viver
Em mim, em ti, em vós
Às vezes falta um detalhe simplista
Que nos impede de nisso crer

E nós? Equilibrando-nos no tripé
Enquanto não achamos onde colocar  fé

Eu só queria ser um pouco mais de tudo
Saber um pouco mais que um velho cansado
Ver nada mais que o mundo
Mais que a vista tem alcançado

É, a vida como ela é
Quem mente omite a verdade
E quem é verdadeiro somente
Verdadeiramente omite a mentira 
Com o poder de aplacar a ira
De quem tem saudade

Ei, me empreste um pouco de suas lágrimas torrenciais
Quero misturar às pedras desse chão
Fazer a mistura e formar meu coração
Forte e humano, saber deixar o que passou para trás
E aproveitar tudo o mais
Que a sabedoria traz

Eu prometo fazer bom uso do que é teu
Preciso delas para as decaídas
Porque estou longe do apogeu
E por mais triste que seja minha ida
Meu eu não esquece do que prometeu
Você sabe, é a vida...
A vida que em mim nasceu

Henrique Fonseca, 22/02/13

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